Entrevista ao actual presidente do CDSCCVN
Francisco Reis Actual Presidente do CDSCCVN em entrevista ao Jornal Voz da Terra. 1 - Antes de assumir o cargo de Presidente do Centro Desportivo e Recreativo do Cercal/Vales, qual era a sua ideia sobre esta associação? - A ideia que eu tinha desta associação era de uma associação um pouco degradada em questões de ideias, não havia um grande envolvimento com os sócios, precisava de ser mais audaz e cativar mais os sócios. 2 - O que o fez assumir este cargo? - Foi-me feito um convite pela direcção anterior, visto não ter havido mais ninguém que quisesse assumir este cargo, resolvi ser eu a fazê-lo. 3 - Quais eram os projectos ou ideias que tinha em mente para desenvolver nesta associação? - Naquele momento, a minha ideia era manter o que já existia, basicamente resumia-se ao desporto, tentar angariar mais sócios para tornar a associação mais forte. 4 - Quando e como surgiu a ideia de começar a assumir funções sociais na freguesia como o apoio social e outros? - Esta ideia de função social começou quando tivemos de começar a assumir a responsabilidade da cantina escolar, e a partir daí começámos a pensar noutras coisas tais como o apoio social. 5 - Nessa altura, houve alterações nos estatutos e no nome da associação, foi alterado para Centro Desportivo Social e Cultural do Cercal Vales e Ninho. Porque sentiu a necessidade de o fazer? - Fomos pedir opiniões a várias entidades, e todas foram bastante positivas, e para poder desenvolver esta vertente social, tivemos de alterar os estatutos para apoio à família, e consequentemente o nome. 6 - Depois surgiu a ideia e bem de construir uma creche e um centro de dia. Porquê adquirir aquela casa para esse fim e não construir um edifício de raiz? - A ideia de um edifício novo de raiz foi posta em hipótese, mas depois de algumas visitas da segurança social à casa e do Ex Sr. Presidente da Câmara, logo de seguida apoiaram a aquisição da dita casa. 7 - Em que ponte de situação se encontra actualmente a obra? - Depois de tantas alterações, o projecto já se encontra aprovado por parte da Câmara, o protocolo com a segurança social já foi assinado, um protocolo de financiamento de parte de obra, faltando apenas o parecer positivo do programa PARES para se dar o início da obra. 8 - A partir dessa data, a associação passou a ser uma instituição particular de solidariedade social. Quais foram para si as vantagens dessa alteração? - Não foi pelas vantagens mas sim pela necessidade de passar a I.P.S.S para poder desenvolver o apoio social. 9 - Estas mudanças todas alteraram totalmente a imagem da instituição, mas trouxeram também muitos encargos financeiros à aquisição da casa e como consequência desta alteração houve a necessidade de empregar funcionários. A que valor nos referimos mensalmente, e como tem conseguido angariar fundos necessários para fazer face a estas despesas? - Presentemente, a instituição necessita de entre 7.000 a 10.000€ para fazer face às despesas. Uma parte destes salários são pagos pela empresa de inserção, também recebemos o subsídio anual de apoio à família por parte da Câmara Municipal, e sem esquecer o café da instituição e também contamos com a ajuda da população. 10 - Relativamente a apoios estatais, nomeadamente a Junta de Freguesia, a Câmara Municipal e a Segurança Social, o que tem a dizer? - Tenho sentido apoio por parte de todas estas entidades, não posso dizer que me tenham prometido algo e que não mo tenham dado. 11 - Em relação ao desporto, mais propriamente ao futebol, qual é para si a importância que este representa na instituição? - Tem um papel muito importante, visto conseguir motivar um grande número de jovens a praticar futebol. É uma forma de manter o pessoal unido. 12 - Presentemente, o estado das infra-estruturas desportivas dos Vales estão um pouco debilitadas. Porque é que ao longo destes anos todos não se justificou um investimento nas mesmas, a fim de as melhorar e de lhe dar um melhor aspecto? - Houve aqui há uns tempos um projecto para o campo das barreiras que era para avançar, mas por alguns motivos meramente locais, o projecto ficou sem pernas para andar. Presentemente, as opiniões no seio dos dirigentes desportivos em relação aos Vales está um pouco dividida, logo bloqueia qualquer ideia nova que possa surgir. 13 - Acha que se justifica apostar noutras modalidades desportivas? - Na minha opinião, para além do futebol de onze, o futsal poderia ter pernas para andar. 14 - Presentemente, com a experiência que já adquiriu, acha que se justificava separar a vertente social da desportiva recreativa e cultural? - Na minha opinião, se essa divisão fosse agora feita, seria um desastre total para todos. Mas no fim do edifício da creche e do centro de dia estar feito, acho que seria de se pensar nessa situação. 15 - Após estes anos todos na presidência da instituição, qual foi o momento mais difícil que passou? - Não há nenhum mau momento em especial, mas magoa-me um pouco o facto do não reconhecimento por parte da população do trabalho efectuado na instituição por estas pessoas. 16 - Qual foi a decisão mais complicada que teve de tomar? - Não tive decisões difíceis de tomar, visto todas as decisões terem sido aceites pela maioria como em democracia. 17 - Certamente também passou bons momentos, recorda algum em especial? - A assinatura do protocolo com a Segurança Social na pessoa do Exmo. Sr. Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social. 18 - De tudo o que fez e decidiu até hoje, se pudesse voltar atrás, o que é que não faria? - Voltaria a fazer tudo igual, penso que as decisões foram todas positivas. 19 - Já apareceram algumas listas candidatas? - Até à data, não apareceu nenhuma lista. 20 - Está disponível para liderar novamente uma lista? - Penso que ainda é muito cedo para decidir, mas acho que já cumpri o meu papel, e a instituição precisa de gente nova e de ideias novas. 21 - Quer fazer algum apelo ou deixar alguma mensagem à população? - O apelo que faço é mais dirigido aos sócios, peço um pouco mais de decência pela nossa associação, os dirigentes precisam de mais confiança da vossa parte e também de ajuda. Quanto à população desta Freguesia, penso que ainda não perceberam que já há muita gente a trabalhar para lhe prestar serviços, para os ajudar. Podem confiar, é para o bem de todos, todos precisamos de todos. “ A união Faz a força” O Voz da Terra agradece a entrevista dada pelo Presidente do CDSCCVN. Micael Baptista
1 Comments:
Meto a colherada para anunciar algo diferente: a minha disponibilidade para erguer um grupo de teatro (já tenho peças feitas com base nas lendas locais). tenho urgência em contactar os interessados.
José Saibreira (topographus@clix.pt)
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