05 fevereiro 2008

CAPA

A LEI E A ALMA

CARTA DO CANADÁ A notícia de um idoso de Godim que, depois de secar na urgência hospitalar de Vila Real, foi mandado para a sua aldeia, de táxi, sem roupa, apenas com uma fralda, deixou-nos cá por este mundo de Cristo além, onde vivem 5 milhões de portugueses, sem fala. A notícia posterior da sua morte, regressado que foi à mesma urgência, deu-nos o sabor da magoada revolta. (Primeira reflexão: é por estas, e várias outras, que os portugueses emigrados têm medo de voltar à Pátria, tal é a sensação de abandono que se exala dela). Ouvimos depois, entre impacientes e incrédulos, a gritaria contra o ministro da Saúde. Chamaram-lhe tudo menos santo. E santo ele não é, tem pecados públicos, é um desorientado nas suas declarações, precisa mesmo de saír do palco e ir descansar uma temporada. No entanto, neste caso específico, creio que não mereceu os insultos. É que, em Portugal, nenhuma lei ordena que os doentes vão para casa nús, ainda por cima em Janeiro, ainda por cima no norte do país. Essa decisão, depois de um diagnóstico apressado e optimista de um médico de serviço, foi tomada por pessoal da enfermagem. Alguém, com uma pedra em lugar do coração, determinou que assim fosse. Fê-lo na maior impunidade porque, pela certa, não houve um superior a inspeccionar. Acreditar que houve supervisão e deixada passar uma desumanidade destas, poderia levar-nos a pensar que o país estaria perdido. Recusamos acreditar que assim seja. As leis são disposições obrigatórias que garantem o funcionamento justo e regular das sociedades. Abaixo delas, as sociedades têm regras fundamentadas na generosidade, no bom senso, no respeito pela dignidade, em suma, assentes na moral. Muitas vezes as regras não estão escritas por serem óbvios os seus objectivos. Com toda a certeza, naquele hospital, não há uma regra a indicar que os doentes regressam a casa vestidos, porque nunca passou pela cabeça dos responsáveis que alguém pudesse praticar acto tão selvagem. Quantas falhas idênticas a esta se verificam nos hospitais portugueses? Porquê? Pode ser por muitas razões: pessoal admitido, não por critérios de competência e idoneidade, mas por cunha ou favor partidário, porque passou a grassar no país uma grande onda de permissividade e ganância, e só assim se compreendem os abandonos de idosos por parte dos seus familiares. E por aí fora. As maldades acontecem com idosos, crianças, mulheres e doentes em geral, porque Portugal está doente e a sua parte sã, cala-se. Não sai à rua, não para gritar nas arruadas das greves mal explicadas, mas para, de olhos nos olhos, pedir a a todos, e a cada um, que parem para pensar, que regressem à bondade, à dádiva, ao amor. Só assim será possível redimir a Pátria espezinhada por aqueles que, com o nome do povo na boca, trataram de governar a vidinha. A emigração está com os olhos postos na terra distante. Fernanda Leitão

FUTEBOL - época 2007/2008

Nos últimos jogos, a equipa do Cercal tem vindo a obter melhores resultados. Dos três jogos que disputou neste mês, não perdeu nenhum. Há também a considerar o facto de todos os jogos disputados se terem realizado em casa, sendo no entanto dois contra equipas do topo da tabela. Mas vamos à análise dos jogos. O primeiro, frente à equipa do Tramagal, foi ganho sem grande dificuldade. A maior dificuldade foi mesmo marcar os dois golos, pois oportunidades, houve de sobra. Só na segunda parte é que o Lopes inaugurou o marcador, de grande penalidade, para depois o Luisito dilatar a vantagem com um golo de belo efeito. Quando tudo parecia resolvido, num dos poucos deslizes da nossa defesa, a equipa sofre um golo. Se até aqui a equipa tinha estado segura, tranquila, a jogar à vontade, com este golo alterou toda a forma de jogar. Por sorte faltavam apenas alguns minutos para jogar, mas mesmo assim foi o suficiente para sofrer. Na semana seguinte, na recepção ao Caxarias, o jogo foi muito equilibrado. A equipa do Cercal entrou a marcar de grande penalidade, cobrada por Lopes, resultado com que se chegou ao intervalo. Na segunda parte a toada de equilíbrio manteve-se, mas desta vez calhou em sorte à equipa do Caxarias marcar o golo do empate, que num jogo tão equilibrado foi o resultado mais justo. O terceiro jogo foi adiado já que alguns jogadores da equipa das Matas, no jogo em Alferrarede, se queixaram de queimaduras devido ao produto usado para marcar o campo. Assim, os seus dirigentes pediram para adiar o jogo, o que foi aceite pela equipa do Cercal, ficando o jogo marcado para o dia cinco de Fevereiro, no campo da Trameleira. Para terminar o mês, faltava outro jogo, bem difícil, por sinal. A recepção da equipa da Bemposta. No topo da classificação, só lhe interessava a vitória, mas encontrou pela frente a equipa do Cercal que, sem perder há dois jogos, queria voltar a pontuar. Com o início do encontro, as equipas encaixaram perfeitamente uma na outra, havendo uma grande disputa de bola no meio campo. Aliás, foi aí que se desenrolou quase todo o encontro, não havendo oportunidades de golo em nenhuma das balizas. Com esta toada, chegou-se ao intervalo com o nulo no marcador. Para a segunda parte, mais do mesmo. Muita disputa de bola no meio campo e quase nenhuma oportunidade de golo. Até que, a bola aparece na área da Bemposta e o recém entrado Lebre marca o primeiro golo do desafio. Tudo parecia controlado, com a equipa da casa a aguentar a pouca pressão do adversário, até que o Sr. Árbitro assinalou um livre indirecto por uma pretensa falta do guardião Vasco que, segundo o tal Sr. Árbitro agarrou a bola, pôs a rolar e voltou a agarrar. Não me pareceu, mas a verdade é que foi marcado um livre indirecto na marca de grande penalidade. Resultado; golo do empate. Agora, ambas as equipas queriam ganhar, e o jogo abriu mais um pouco, começando a surgir as melhores oportunidades de golo para as duas equipas. A mais flagrante, uma grande penalidade batida por Lopes contra o poste, mesmo no fim do encontro. Três jogos. Uma vitória e dois empates. Quatro golos marcados e três sofridos. Não é brilhante mas está a melhorar. Neste momento a equipa tem 14 pontos e encontra-se na 7ª posição. A liderar a tabela está a equipa do Pego com os mesmos pontos que o Alferrarede, 31. Os próximos jogos são, já este domingo contra as Mouriscas e na próxima terça-feira o jogo em atraso com a equipa das Matas. Depois a deslocação aos últimos classificados, para receber o Alferrarede. Dia 17 é dia de folga para o Cercal que depois se desloca ao Campo de Jogos da Linhaceira. Por agora é tudo. Força que ainda é possível subir um pouco mais na tabela classificativa. Rogério Nunes

INFOJUNTA

No dia 22 de Janeiro, os meninos da escola do Jardim do Cercal receberam a visita da Guarda Nacional Republicana. Os guardas traziam dois cavalos e uma cadela. Os cavalos andaram, andaram a galope e correram. Todos nós experimentámos andar de cavalo com a ajuda dos guardas. Foi muito agradável andar de cavalo. Mas a tarde não terminou aqui! O guarda que treinou a cadela Quica, escondeu droga dentro de uma mala. A guarda espalhou seis malas pelo chão e a Quica consegui descobrir a droga na mala verde, que era a certa. Nós adorámos esta tarde diferente. Foi uma experiência inesquecível para toda a comunidade escolar, assim como para alguns pais que também participaram, verificando-se grande entusiasmo. Curiosidade: Sabia que um cavalo tem 40 dentes e uma égua 36?